por Jaime Rodrigues*
“Dizem que a mulher é o sexo frágil... Mas que mentira absurda! ”. (Erasmo Carlos)
A comemoração do Dia Internacional da Mulher destaca a importância da mulher na sociedade, a história da luta pelos seus direitos e equidade de gênero em todos os âmbitos sociais.
Não existe profissão menos importante, tampouco distinção entre trabalhos manuais ou intelectuais. Desde a executiva, agricultora, gestora, artesã, gari, oficial de justiça, juíza, delegada, advogada, manicure, dona de casa etc ..., cada qual faz parte de uma engrenagem social que move o mundo.
As mulheres chefiam famílias, empresas e países. Aprendem, ensinam e pesquisam. As mulheres geram vidas, conhecimento e soluções. Elas trabalham, cuidam e inovam. Contudo, o protagonismo da mulher na sociedade ainda enfrenta barreiras sociais, como a violência, a desigualdade de salários e a sobrecarga de trabalhos domésticos não remunerados.
No último ano, a Rede de Observatórios da Segurança registrou 2.423 casos de violência contra a mulher. Ou seja, a cada quatro horas ao menos uma mulher foi vítima de violência. É o que revela o boletim ‘Elas Vivem: dados que não se calam’, lançado nessa segunda-feira (06.03).
A maioria dos registros nos sete Estados tem como autor da violência companheiros e ex-companheiros das vítimas. São eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio. As principais motivações são brigas e términos de relacionamento.
Estes dados são chocantes, e cabe a cada um de nós, em casa, com amigos, vizinhos, em todos os lugares onde tivermos acesso, combater todo e qualquer tipo de violência contra a mulher, e lembrar que fomos gerados por uma. E que temos mãe, irmãs, avós, tias, filhas, sobrinhas, e se não quisermos que elas, que nos são caras, passem por isso, não podemos querer que outras mulheres que não tem laços sanguíneos conosco sejam uma destas vítimas a cada quatro horas.
A todas as mulheres, meu respeito e admiração. Que seu brilho continue iluminando o mundo!
*Jaime Rodrigues, presidente do Sindojus/MT